Listening / A ouvir: Krafwerk - Aerodynamik (Alex Gopher, Etienne de Crecy Dynamik Mix)
These past weeks have been full of events for me: my nephew is born (a 3,7k eskimo) and all kinds of social events have been happening, so it's been hard posting here. Let's see if the new year brings some time to begin posting again...
Estas últimas semanas têm sido cheias: nasceu o meu sobrinho (um esquimó de 3,7 kilos) e todo o tipo de acontecimentos sociais têm surgido, por isso tem sido difícil escrever aqui. Vamos ver se o novo ano traz algum tempo para começar a escrever outra vez...
quarta-feira, dezembro 22, 2004
terça-feira, dezembro 07, 2004
Will / Vontade
Listening / A ouvir: 4Hero – Les Fleurs
Ever since I was a young boy I found that the “Beauty and the Beast” story was unfair to the beast: why should only her love break the spell that entraped him? Now it seems to me that it was him, trough her eyes, that had turned himself into the beast in the first place, submitting himself to the validation of someone outside him to assure his happiness... and how many of us don’t do exactly this? Our low self-esteem makes us feel like monsters and only the validation of someone that loves us seems to satisfy us (and even that doesn’t last long!)
After two weeks in a turmoil in wich I had to face my Beast, I now am trying to replace the validation of any possible Beauty for my own: trying to change what I don’t like in me, accept what I can’t change (not without a fight...) and rewarding myself the love that I have been denying myself for years. The fear that always stalked me of other people finding the Beast in me feels now diminished, almost ridiculous. The hiding on the transient nature of everything that makes up my life is now replaced by a different kind of engagement ignorant of the foressen and expected end. Now besides going through the intensities of the organless body I rip it in a register unkown so far. There’s still much to do but the will is, at this moment, dizzying...
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Desde pequeno achava que “A Bela e Monstro” era uma história injusta para com o monstro: porque razão só o amor dela é que podia quebrar o feitiço lançado sobre ele? Agora parece-me que era ele, usando o olhar dela, que em primeiro lugar se tinha transformado em monstro, submetendo-se à validação de alguém externo a ele para garantir a sua felicidade... e quantos de nós não fazem exactamente isto? A baixa auto-estima faz com que nos sintamos monstros e só a validação por alguém que goste de nós nos parece satisfazer (e mesmo essa por pouco tempo!).
Após duas semanas de turbilhão em que tive de enfrentar o meu Monstro, ando agora a tentar substituir a validação de uma qualquer Bela pela minha: tentar mudar o que não gosto em mim, aceitar o que não posso mudar (não sem luta...) e dar-me a mim próprio o carinho que me nego há anos. O medo que sempre povoou a minha vida em relação à descoberta pelas outras pessoas do meu Monstro, parece agora reduzido, quase ridículo. O refúgio na transitoriedade de todas as coisas que preenchem a minha vida é agora substituído por um investimento indiferente ao fim previsto e conhecido. Agora para além de percorrer as intensidades no corpo sem orgãos, rasgo-o num registo até agora desconhecido. Ainda há muito para fazer mas a vontade é, neste momento, estonteante...
Ever since I was a young boy I found that the “Beauty and the Beast” story was unfair to the beast: why should only her love break the spell that entraped him? Now it seems to me that it was him, trough her eyes, that had turned himself into the beast in the first place, submitting himself to the validation of someone outside him to assure his happiness... and how many of us don’t do exactly this? Our low self-esteem makes us feel like monsters and only the validation of someone that loves us seems to satisfy us (and even that doesn’t last long!)
After two weeks in a turmoil in wich I had to face my Beast, I now am trying to replace the validation of any possible Beauty for my own: trying to change what I don’t like in me, accept what I can’t change (not without a fight...) and rewarding myself the love that I have been denying myself for years. The fear that always stalked me of other people finding the Beast in me feels now diminished, almost ridiculous. The hiding on the transient nature of everything that makes up my life is now replaced by a different kind of engagement ignorant of the foressen and expected end. Now besides going through the intensities of the organless body I rip it in a register unkown so far. There’s still much to do but the will is, at this moment, dizzying...
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Desde pequeno achava que “A Bela e Monstro” era uma história injusta para com o monstro: porque razão só o amor dela é que podia quebrar o feitiço lançado sobre ele? Agora parece-me que era ele, usando o olhar dela, que em primeiro lugar se tinha transformado em monstro, submetendo-se à validação de alguém externo a ele para garantir a sua felicidade... e quantos de nós não fazem exactamente isto? A baixa auto-estima faz com que nos sintamos monstros e só a validação por alguém que goste de nós nos parece satisfazer (e mesmo essa por pouco tempo!).
Após duas semanas de turbilhão em que tive de enfrentar o meu Monstro, ando agora a tentar substituir a validação de uma qualquer Bela pela minha: tentar mudar o que não gosto em mim, aceitar o que não posso mudar (não sem luta...) e dar-me a mim próprio o carinho que me nego há anos. O medo que sempre povoou a minha vida em relação à descoberta pelas outras pessoas do meu Monstro, parece agora reduzido, quase ridículo. O refúgio na transitoriedade de todas as coisas que preenchem a minha vida é agora substituído por um investimento indiferente ao fim previsto e conhecido. Agora para além de percorrer as intensidades no corpo sem orgãos, rasgo-o num registo até agora desconhecido. Ainda há muito para fazer mas a vontade é, neste momento, estonteante...
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