terça-feira, dezembro 29, 2009

haunted

you know how in horror movies walls bleed in haunted houses? these past days the walls at my place seem to be sweating all the time, condensation hanging on them and dripping to the floor. i'm beginning to think that my house is haunted by an obese ghost, sweating at the least effort. at least it shouldn't be able to perform any frightful stunts apart from heavy panting or eating everything edible it finds...

segunda-feira, maio 18, 2009

#daydreaming on twitter

rough hands, soft bodies, hard walls
soft walls, strained bodies, hands held
tired bodies, hands glued, no walls

quarta-feira, abril 22, 2009

if it's not love

"If it's not love, then it's the bomb that'll bring us together"

Numa época em que o pós-modernismo se estabeleceu, onde as relações são mediatizadas pela produção de cultura e quando o tamanho dos grupos sociais ultrapassa os 160 que a ciência diz que parece ser o nosso limite, o que nos une como comunidade?

O Amor consegue unir-nos em pequenas unidades: casal, família, amigos, mas como poderemos nós justificar a existência e persistência de mega-cidades com 15 milhões de pessoas, todos convencidos da sua igualdade perante a lei e da sua unicidade como indivíduos?

Talvez a nossa capacidade social limitada possa explicar a proliferação de círculos sociais que frequentamos, mas não a nossa tolerância da maioria que nos é completamente desconhecida.

Será que, como cantavam os Smiths, é o medo que nos une? Vejamos o exemplo de Nova York pós 11 de Setembro e de como, contra um inimigo comum, todo um país se juntou, uma comunidade de milhões de pessoas, espalhada por milhares de quilómetros. As versões nacionalistas da História fazem-no constantemente: recontam as vitórias do passado para justificar qualquer pretensão e, por outro lado, também as derrotas para encontrar um inimigo comum que una as pessoas.

Será que, nesta época que se define como iluminada e racional, é só o medo que nos une?